quarta-feira, 1 de junho de 2011


Ultimamente um novo clichê foi disseminado: o falso moralismo. Exatamente, a hipocrisia chegou ao único reduto que conseguira manter-se intacto: a moral. Principalmente, esse ódio comum aos Estados Unidos. Essa paixão pelo socialismo, aprofundado na época da faculdade. Lá todo mundo é comunista, todos querem o bem geral da nação. Marx ficaria decepcionado se pudesse visualizar suas frases célebres em subnicks do Messenger, nas Sortes de Hoje do Orkut. Inútil tecnologia, veja o que fez! Espalhou ideologias, semeou ideias, tão infundadas! Foi você, tecnologia, a principal arma do capitalismo, foi a partir de você que ele pôde exercer sua soberania e mercantilizar as ideias anarquistas! Todos são fãs de Che, conhecem citações do Renato, Raul e Cazuza, são adeptos do estilo de Bob. Pergunta: quem segue suas ideologias? Outra pergunta: por que gostam das suas ideias? Porque tá na moda.  É cool vestir uma camiseta do Che, é cool usar pulseira do Bob. Todos vocês gostam deles, acham que foram caras legais, sabem duas ou três frases, mas chegam na esquina e xingam o primeiro cristão que lhe pisar o pé. Não se importam com o futuro da nação. Detestam a potência, mas consomem, involuntariamente, pois há virou hábito, seus produtos industrializados. Terceira pergunta: o que você come quando vai ao shopping? Coca-Cola e McDonald’s. Não! Nem gosto de Coca-Cola, nem do McDonald’s. Eu só bebo Pepsi e como no SubWay ou no Burguer King. Parabéns! Você resiste aos chefes do consumismo, mas não está imune a ele. Ótimo exemplo de revolta: Pepsi e Burguer King. É assim que manifesta seu protesto? Que diferença faz a marca registrada? No fim, é tudo a mesma merda. Todos eles, todas essas lojas, são todas iguais. Todas. E você pensa que é o tal porque não consome Coca-Cola e Mc Lanche Feliz. Pense na cena: você todo do contra, com uma bela camiseta do Che comprada naquela multinacional, sentado na praça de alimentação com uma bandeja do Habbib’s e um copo de 500mL de Pepsi. Muito bem! Está honrando seus ideais!
Assim caminha a juventude. Cheia de falso moralismo, de falso idealismo. Estamos todos contaminados por esse mal inexorável. Não condeno que seja consumista, longe disso. Afinal, é o carro chefe do mundo. O que seria de nós não fossem os tablets e IPhones? Mas o que não pode é fingir que é contra isso, posicionar-se à esquerda, declamar uns ais de revolução, e ficar por isso mesmo. De que adianta palestrar sobre a Geração Coca-Cola do Renato se o que você, no fundo, quer é esse dinamismo, esse consumo. E sei que você quer. Não precisa mentir, você gosta de tudo isso. Mas diz que não. Porque é cool não gostar. E você assume que não, mas seus atos mostram o contrário, eles lhe traem e exibem suas verdadeiras vontades. Hoje vamos assim, de IPhones conectados – dar as mãos é obsoleto -  representando a hipocrisia do falso moralismo. Vamos você também, ficar de fora é démodé

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