terça-feira, 12 de julho de 2011

Não entendo a relação entre loucura optativa e felicidade. Por loucura optativa entenda passar vergonha, rir de tudo, beber até cair, ultrapassar limites, aquela típica pessoa que finge não se importar com o que a sociedade pensa mas usa as últimas tendências de moda para não ficar por fora. E quando a chamamos de loucas, dão a simples resposta de que ao menos são felizes. Por quê? Por que se criou essa relação? Não compreendo. Quer dizer que se eu não gosto de dançar em público eu não sou feliz? Só porque não ando rindo de todo idiota que vejo eu não sou feliz? Mas afinal, o que é felicidade? Há alguma fórmula pronta? É padronizada? O que faz um brasileiro feliz é o mesmo que faz um russo feliz? Decerto que não. Então, por que acha que eu não sou feliz? Qual explicação me dá por pensar que felicidade é ser expansiva e comunicativa? Essa é a sua felicidade. A minha é muito diferente. O que me faz feliz não tem nada a ver com essa loucura toda. O que me faz feliz é outra coisa. É um bom livro, uma boa música, um bom filme, um bom vinho com uma boa comida. Essas atividades que você taxou de chatas. Tudo isso me leva ao êxtase. Esses pequenos prazeres da vida. Sem extravagâncias nem exageros. Na medida certa. Assim que eu fico feliz. Então, por favor, pare de ser tão egoísta. Pare de se refugiar na sua loucura optativa a fim de tentar ser feliz, porque só os loucos são felizes. Pare de hipocrisia. Tente encontrar a sua felicidade. Procure o que te faz feliz. Não vá pelos outros, eles não são como você.

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